Monday, May 27, 2013

Mais ações de aprendizagem e menos aulas expositivas

Mudar a forma de ensinar requer coragem e vontade porque não é nada fácil deixar de fazer algo que já se faz há tanto tempo para arriscar novidades. Mas como amo mudanças e não tenho medo de errar (já que faz parte da aprendizagem), tenho experimentado diferentes maneiras de trabalhar o ensino e a aprendizagem.

Nas minhas aulas de Teatro Anglófono que estou lecionando pela primeira vez (socorro!), tenho experimentado trabalhar com aulas nas quais os alunos e eu pesquisamos, planejamos e criamos o que queremos aprender. O conteúdo programático foi decidido em grupo e estamos montando a disciplina juntos. É fácil? Não, não é mesmo. Compartilhar o poder com meus alunos é um desafio, mas fiquei disposta a encarar essa aventura de aprendizagem. Até então, observo que ainda não estamos muito acostumados com isso. Mas acredito que é assim mesmo porque tudo que é novo causa um estranhamento inicial. Pelo menos eu acho....

Essas mudanças no meu modo de trabalhar advém da aprendizagem com várias pessoas: Paulo Freire, Marc Presnky, Tião Rocha, Bunker Roy, bell hooks (com letra minúscula mesmo, a pedidos dela), Ken Robinson e muitos outros. Eles têm me influenciado muito e têm me feito refletir muito sobre a minha profissão de professora.

Hoje, por exemplo, fiquei imensamente surpresa com um show de interpretação da minha aluna Suzany Almeida. Uma das coisas que decidimos é que os alunos se responsabilizariam pelo aquecimento que acontece no início das nossas aulas. Essa atividade consiste em pequenas peças encenadas pelos alunos para a turma. A Suzany, mesmo sem gostar muito de atuar e de ser atriz, me impressionou! Ela pesquisou um texto de um monológo na internet, fez adaptações e deu um show hoje! Acredito que todos os alunos gostaram da apresentação dela! Ou seja, não podemos rotular os alunos nunca . Eles sempre nos surpreendem!


Depois da apresentação dela, partimos para o assunto da aula de hoje que era aprender sobre a estrutura básica de uma peça. Alguns alunos já tinham pesquisado sobre isso antes e postado no nosso grupo no Facebook e outros pesquisaram hoje usando seus celulares, laptops e computador da sala durante 20 minutos.








Enquanto eles pesquisavam, eu caminhei pela sala para interagir com os alunos e para saber mais deles. É muito interessante que esse tipo de aula aproxima mais os alunos e professores. Acho muito legal também vê-los envolvidos procurando, pesquisando e compartilhando informações com seus colegas.

Depois disso, conversamos sobre o que encontraram e planejamos sobre a nossa peça que será o projeto dessa disciplina. Você terá mais detalhes sobre ela daqui a alguns meses. Aguarde!

No fim da aula, senti uma mistura de satisfação e preocupação. Sempre fico pensando no que os alunos estão pensando... Será que estão entendendo onde quero chegar? Será que entendem que o papel do professor é aquele de mostrar os caminhos e auxiliar na aprendizagem? Bem, o tempo dirá. Espero que essas ações de aprendizagem tragam resultados melhores do que as passivas e intermináveis aulas expositivas.

Você arrisca assim nas suas aulas também?

Até breve!

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