Tuesday, April 30, 2013

Repensando a avaliação da aprendizagem

Uma coisa que me angustia muito é o fato de ter que submeter alunos do curso de línguas a provas tradicionais. Essas provas podem ter muito foco gramatical, ser descontextualizadas e com questões que podem induzir os alunos ao erro.

Só pelo fato de ter que arrumar a sala em filas para que os alunos não "colem" já é estranho numa época que temos tantas ferramentas à disposição para ajudar a compreender e aprender.

Façamos uma reflexão:


  • Quando os alunos precisam da língua estrangeira, eles usam várias ferramentas de apoio como a internet, dicionários e livros. Se isso acontece sempre, porque continuamos a exigir que os alunos memorizem tanta informação?



  • Já faz tempo que muitas empresas solicitam que seus funcionários trabalhem em grupos e equipes, por que não podemos fazer isso nas availiações também?



  • Por que exigimos que os alunos façam as provas sozinhos e sem consultar nenhum material se isso não acontece mais quando eles precisam de alguma informação?



  • Se os alunos se esquecem de alguma informação no momento da prova, por que eles têm que ser penalizados por isso?



  • Se os alunos tiram uma nota baixa, o que normalmente se faz? Não deveríamos revisar o assunto e ajudar o aluno a aprender o conteúdo?



  • Como prosseguir o programa de qualquer disciplina se os alunos ainda não aprenderam o conteúdo ensinado?


Como você pode ver, são muitas as perguntas que me faço sobre esse tema de avaliação. Fico feliz de ter tido a oportunidade de conhecer o trabalho do Cipriano Luckesi, grande educador brasileiro e especialista em avaliação. Ler seus artigos e assistir às suas entrevistas me ajudam a trabalhar melhor na avaliação dos meus alunos. Amei ter estudado mais seu trabalho com minha amiga e excelente professora Susan Miranda.  Gostamos tanto que apresentamos alguns seminários sobre esse tema na escola de língua onde trabalhávamos além de termos apresentado uma comunicação com os resultados do nosso trabalho de conclusão de curso em um Braz-Tesol Conference no ano 2000.

Você pode ler mais artigos sobre esse tema no site dele: http://www.luckesi.com.br/


Para ver um trailler de uma entrevista com o Luckesi sobre avaliação da aprendizagem, clique aqui: http://www.youtube.com/watch?v=iiJWUcR0g5M

Como meus alunos do curso de línguas fizeram a prova hoje, vou corrigir tudo amanhã e analisar as respostas na próxima aula. Não quero apenas entregar as notas e passar para o assunto seguinte. Os alunos precisam aprender e entender com seus erros.

Espero que essa atitude possa diminuir os efeitos negativos de provas tradicionais.

Você ajuda seus alunos a aprender com seus erros também?

Até breve!



Monday, April 29, 2013

Mudando a maneira de ensinar para a Pedagogia da Parceira do Marc Prensky

O livro Teaching Digital Natives do Marc Prensky tem me ensinado muitas ideias sobre o ensino e a aprendizagem dos nativos digitais. Tenho lido e experimentado várias sugestões em minhas aulas e tenho visto resultados positivos desde então. 

Compartilho com vocês alguns aspectos do livro sobre como mudar para começar a usar a Pedagogia da Parceira nas minhas aulas.

Aprendi que para ser bem sucedida, os professores que usam a Pedagogia da Parceria devem ver seus alunos como parceiros no processo de aprendizagem. Essa é uma grande mudança do modelo em que os  papeis são estabelecidos em aulas tradicionais, onde os professores são os especialistas com todas as habilidades e informações e os alunos são os recebedores do conhecimento do professor.

O trabalho do professor é promover a aprendizagem de uma forma que seja significativa e desafiadora para todos os alunos. Esse tipo de pedagogia requer mais tarefas práticas, mais pensamento independente e mais criação por parte dos alunos.

Tendo essas ideas em mente, já que o novo período começou hoje, pude finalmente experimentar usar a Pedagogia da Parceria desde o início das minhas disciplinas: Língua Inglesa 2 e Teatro Anglófono.

Como parceiros na aprendizagem, resolvi decidir o planejamento dos projetos, aulas e avaliações com os alunos. Para tanto, na disciplina Língua Inglesa 2, criei um documento no Word e digitei os temas das unidades a serem estudadas. Também coloquei perguntas sobre como os alunos gostariam de aprender, de ser avaliados e que projetos querem de fazer nesse período. Projetei esse documento no quadro usando o data-show e, em grupos, os alunos tiveram 30 minutos para discutir.

Fotos da aula de hoje:








Depois desse tempo, tivemos uma conversa com todos para tomar as decisões. Algumas sugestões foram as seguintes e me ajudaram muito:

- A professora precisa mostrar os aspectos gramaticais no livro para que os alunos possam se guiar melhor.
- A professora precisa variar as formas de fazer revisão dos aspectos estudados. 
- Os alunos querem praticar mais as habilidades todas as semanas e entregar algum texto oral ou escrito todas as sextas-feiras. 

Como não tivemos tempo para decidir sobre os projetos e avaliações, postei o documento no grupo da turma no Facebook. Um dos alunos vai transformar esse documento em algo parecido com o Google Doc para que todos possam contribuir com ideias e sugestões. Vamos definir tudo na próxima seguinte.

Eu gostei muito de começar as aulas assim! Ao invés de eu decidir tudo como fazia antes, trabalhar com a parceira é muito gratificante porque todos se tornam responsáveis pela aprendizagem. Além disso, eles têm a liberdade para escolher maneiras de aprender de acordo com seus interesses. Nada melhor do que aprender de uma maneira mais personalizada (temos que lembrar que as pessoas são diferentes e podem trilhar caminhos diferentes para aprender).

Você decide algum aspecto de suas aulas com seus alunos também?

Até breve!

Saturday, April 27, 2013

Dando oportunidades para nossos alunos participarem ativamente das aulas

Com a colocação de um computador com data show nas salas da minha faculdade, tenho percebido que vários professores têm usado bastante o Power Point em suas aulas. No entanto, me questiono se realmente é isso que os alunos realmente esperam em nossas aulas.

Lendo o livro Teaching Digital Natives do Marc Prensky, aprendi que ao invés de continuarmos a dar aulas expositivas mesmo com o uso de Power Point, Prezi ou outros programas de apresentação, devemos fazer com que nossos alunos usem várias tecnologias e ferramentas para aprender e apresentar resultados de suas pesquisas ou trabalhos.

A respeito disso, de dar oportunidades de os alunos usarem as ferramentas, lembro bem que quando eu estava na educação infantil e no ensino fundamental, eu morria de vontade de escrever algo no quadro. Parecia fascinante ter um pedaço de giz e ser capaz de escrever ou desenhar qualquer coisa lá! No entanto, infelizmente, não me lembro de nenhum professor ter me dado essa chance.

Para que meus alunos não tenham a mesma vontade, de vez em quando peço que eles escrevam algo no quadro. Por exemplo, quando temos que aprender vocabulário, escrevo algo e entrego alguns marcadores de quadro para que os alunos escrevam algo e depois entreguem o marcador para outros alunos até que todos tenham tido a chance de escrever. Quando eles não sabem como escrever o que querem em inglês, me perguntam ou perguntam a um colega. Depois que todos escreveram, verificamos se entendemos tudo e se há algo a ser corrigido. Percebo que os alunos gostam bastante de fazer essa atividade e o quadro fica mais ou menos assim:


Eu também tenho encorajado os alunos a usar o computador com internet que fica na mesa do professor quando eles estão fazendo as atividades durante as aulas. Eles podem checar a tradução ou a pronúncia de alguma palavra usando sites, ou podem usar qualquer outro site para aprender. Quando falei sobre o uso desse computador pela primeira vez, senti que os alunos me olharam de forma estranha. Talvez tenha acontecido isso porque eles não estavam acostumados a usar o material que fica na mesa do professor. Nos primeiros dias ninguém usou o computador, mas depois, vendo eu eu continuava a incentivar o uso dessa ferramenta, aos poucos os alunos começaram a usá-lo para aprender.

Tenho observado que todos os alunos têm trabalhado para aprender durante as aulas. É muito empolgante vê-los discutindo, compartilhando e aprendendo uns com os outros usando livros, celulares, computadores e tablets. Enquanto eles estão fazendo suas pesquisas e tarefas de aprendizagem, eu fico andando pela sala oferecendo auxílio. De vez em quando, sento em algum grupo para contribuir com algo. Eu também aproveito para dar atenção aos alunos que mais necessitam de suporte. Tenho gostado muito de trabalhar assim porque percebo que ao invés de eu ficar explicando tudo, eu faço algumas perguntas (de acordo com a teoria do livro do Marc Prensky) e deixo os alunos descobrirem as respostas. Acredito que é muito mais interessante aprender assim.

Enfim, acho que a aprendizagem acontece realmente quando os alunos descobrem, pesquisam e refletem sobre os conteúdos aos invés de apenas ficarem ouvindo passivamente as explicações do professor - e será mesmo que eles sempre estão pensando no conteúdo durante essas explicações?

Vou continuar a dar mais e mais oportunidades para que meus alunos aprendam. Você também faz isso nas suas aulas?

Até breve!

Friday, April 26, 2013

Mais ideias para promover interações em várias línguas entre crianças de diversos países

Além do Skype in the Classroom, o site ePals http://www.epals.com/ também promove o encontro entre professores, alunos e pais que buscam parceiros para projetos como troca de emails, interações através do Skype e outros.


O site é muito fácil de usar. Se você quiser procurar um parceiro para projetos, é só clicar em "Find Classroom". Você só precisa selecionar a idade, a língua, número de alunos e que tipo de interação você deseja fazer.

Por exemplo, se você tiver ensinando inglês para alunos de 5 a 6 anos e estiver ensinando o tema animais de estimação, é só digitar a palavra pets para ver se já existe algum professor querendo fazer um projeto com esse tema também. Vejamos o que eu encontrei com esses dados:


Que coincidência! A professora também se chama Cintia! Ela é da Argentina e procura parceiros para interagir através do Skype e do Facebook.

Vejamos mais exemplos com ideias para interações:

Se você estiver ensinado comidas favoritas em inglês para crianças entre 1 e 7 anos, há vários professores procurando você como mostra a página abaixo:
                               

Caso você esteja ensinando espanhol para crianças entre 8 e 10 anos, você pode gostar de fazer um trabalho em conjunto com a professora Cristina, da Espanha.


Se você estiver ensinando francês, espanhol, inglês ou alemão para crianças de 8 a 10 anos, a professora polonesa Ewa gostaria de trabalhar com você sobre os temas Meio Ambiente e Conscientização Multicultural.



Se você não encontrar um parceiro para seu projeto, você também pode criar uma conta no site e publicar sua ideia para projeto de forma gratuita!

Como você pode ver, fazer projetos de interação é fácil. Basta procurar parceiros usando o site ePals ou Skype in the Classroom (mencionado no post de ontem) e planejar as atividades de interação. Garanto que seus alunos vão gostar muito de aprender e praticar a língua estrangeira com seus colegas estrangeiros.

Você faz esses projetos de interação também?

Até breve!


Thursday, April 25, 2013

Mini-projetos de interações para crianças usando o Skype com estrangeiros


Já existem vários sites que promovem o encontro entre professores de todos os níveis, cursos e disciplinas para realizar interações entre seus alunos e pessoas de outros países. É tudo muito simples, rápido e fácil, basta ter vontade que seus alunos usem a língua alvo de forma comunicativa, significativa e real. 

Hoje vou dar o foco para quem ensina línguas para crianças. Convido os professores que lidam com essa faixa etária a experimentar aulas nas quais os seus alunos podem usar a língua alvo com crianças de outra parte do mundo. 

Vejamos alguns exemplos de 3 professores que buscam parceiros para essas interações usando o site:

Skype in the classroom



Penpals no Jardim da infância: uma professora da Califórnia busca parceiros para que seus alunos se comuniquem usando o Skype - https://education.skype.com/projects/3053-kindergarten-pen-pals

Uma professora da 1a série gostaria de que seus alunos se comunicassem com crianças do mundo todo sobre histórias e livros: https://education.skype.com/projects/2982-first-grade-buddies


No site Skype in the Classroom, você pode encontrar mais professores de várias disciplinas procurando parceiros para projetos de interação através do Skype e outros. Acesse o site para descobrir muitos projetos interessantes para seus alunos ou para você mesmo postar uma ideia de um projeto seu.

Você promove essas interações entre seus alunos também?

Até breve!

PS: É importante sempre ter um plano B para aulas usando internet já que problemas técnicos podem ocorrer. Mas mesmo assim, posso lhes dizer que foram pouquíssimas as vezes que eu precisei do plano B nas aulas de interação. 

Wednesday, April 24, 2013

Excelente projeto de troca de cartões postais do meu aluno Jean Santos

Temos aprendido cada vez mais que a aprendizagem de uma língua deve ser através da comunicação real. Com apenas um aperto de botão podemos falar com pessoas no mundo inteiro. No entanto, lembro que Maria Bossa falou da importância de fazer algo mais palpável em nossas aulas, como cartões, cartas e outros materiais.

Meu aluno Jean Santos resolveu inovar com sua turma em uma escola de línguas e propôs que seus alunos trocassem cartões postais da nossa cidade com alunos que moram nas Ilhas Marshall.

Para que vocês saibam mais como foi esse projeto, Jean Santos gentilmente nos conta detalhes na entrevista abaixo:
Entrevista com Jean Santos


Blog: O que te levou a fazer essa atividade com teus alunos?

Jean: Em uma das primeiras aulas de Tecnologias, foi dito algo sobre um “Ted Bear viajante” e essa ideia me chamou muito a atenção, mas como eu sei que ainda não tenho experiência suficiente para organizar algo dessa magnitude, resolvi pensar em outra atividade. Aulas depois, Rodolfo (meu colega de sala) falou que levou cartões-postais para sala de aula para que os alunos conhecessem o gênero, então a senhora falou que ele poderia tentar enviar para outro país. Então, eu pensei: Por que não?

Eu adoro receber cartas (exceto cartão de crédito e banco), é uma alegria que um e-mail não pode proporcionar, sem contar que a mensagem parece ser mais pessoal. Pensei que os meus alunos também poderiam gostar, afinal poucos já haviam recebido uma carta na vida, receber um postal de outro país é mais difícil ainda. Além disso, o cartão-postal seria uma boa atividade escrita para os alunos, pois desta vez teria um propósito, portanto menos artificial (eles sabem que há alguém em outro país interessado no que eles vão escrever).

Por último, eu gostaria de proporcionar o uso real da língua inglesa aos meus alunos e mostrar a eles que o inglês é um idioma que os liga ao mundo, não apenas EUA ou Inglaterra.

Blog: Onde você conseguiu o contato com uma professora estrangeira?

Jean: Eu me cadastrei no site www.epals.com  e lancei a proposta em fevereiro, mas não obtive resposta. No início de março, eu atualizei uma foto minha e a minha proposta de projeto com cartão postal foi publicada novamente. Três dias depois eu já tinha três “replies”, respondi a todos, mas o projeto deu certo com a professora Kate McDermott das Ilhas Marshall, que planejou a troca de cartão postal atenciosamente.

Blog: Os alunos gostaram? Como reagiram quando disseste que iriam fazer isso?

Jean: Quando recebi a mensagem da professora McDermott, postei a resposta no nosso grupo do Facebook imediatamente. Perguntei se eles aceitavam fazer a troca de postais e eles aceitaram na hora. Eu confirmei tudo com a professora e alguns começaram logo a pesquisar sobre as Ilhas Marshall e acharam o local lindo. Alguns disseram que estavam empolgados em receber uma carta de um estrangeiro.

Blog: Foram os alunos que trouxeram os postais?

Jean: Achar cartão postal em Belém é muito difícil. Eu mesmo, para conseguir concluir uma troca de cartão postal, tive que pedir para uma amiga trazer alguns de São Paulo. Eu liguei para os alunos um dia antes da atividade para ver se eles tinahm conseguido os postais. Para aqueles que não conseguiram, eu sugeri que trouxessem uma foto de algo típico do nosso estado. Eles poderiam imprir a foto em um cyber café perto da escola, cada foto custa um real.

Blog: Em que nível os alunos estão?

Jean: Primeiro nível. Já estudaram saudações e despedidas, informações pessoais, roupas e começaram o presente contínuo.

Blog: Quando vocês esperam receber os postais das Ilhas Marshall?

Jean: Recebi um e-mail da professora Kate dizendo que ela já enviou os postais, então acredito que eles devam chegar até o dia 15 de maio.

Blog: Notaste alguma diferença entre a escrita do postal e a escrita em uma outra atividade?

Jean: Na prova de produção e compreensão da escola, as redações deles foram muito artificiais, meramente gramaticais e mecânicas.
Desta vez, com os cartões postais, o texto teve uma preocupação diferente, eles queriam se fazer entender, eles liam e reliam a frase várias vezes num rascunho antes de fazer o oficial. Eles montaram frases mais extensas do que “My address is...”. Alguns deles até falaram onde estudam, do que gostam de fazer e até mesmo para adicionar no Facebook.
Coloquei no quadro algumas frases simples sobre o clima e a partir dela eles montaram as deles mesmos (algumas foram simples e outras mais complexas para o nível deles).
Algo óbvio que eu não previ foi a estrutura da escrita do cartão postal/carta. Eles se esqueciam de cumprimentar a pessoa no início do rascunho pelo fato de eles nunca terem feito isso antes. Acho que eu deveria tê-los preparado melhor apresentando alguns postais que eu recebi para que eles pudessem ver a estrutura melhor.
Por fim, com essa atividade, pude ver o que meus alunos já conheciam de inglês, já que eles precisaram utilizar esse conhecimento para escrever a mensagem deles.

Blog: Eles mesmos mandaram os cartões para alunos das Ilhas Marshall?

Jean: Eu preferi eu mesmo enviar os postais, já que foi minha primeira experiência fazendo esse tipo de projeto.


Agora vejam fotos dos alunos fazendo esse projeto:




Como pudemos observar, esse projeto despertou o interesse nos alunos em aprender mais a língua inglesa. Já que eles produziram um texto para seus amigos por correspondência, a vontade de escrever foi muito maior e significativa.

Parabéns pelo excelente projeto, Jean Santos! Sua entrevista foi muito esclarecedora e espero que mais professores de línguas se inspirem no seu exemplo e proporcionem essas interações com seus alunos.

Você já fez um projeto de troca de cartões postais com seus alunos também?

Até breve!

Monday, April 22, 2013

Criação de vídeos para aprender línguas - exemplo de filme em português feito pelos alunos da Duke University

A oportunidade de criar vídeos em língua estrangeira pode trazer muitos benefícios para os aprendizes. Eles criam o texto, o contexto, as falas, editam as cenas e muito mais. Para que tudo fique bem feito, eles repetem, ensaiam e gravam as cenas diversas vezes, contribuindo assim para que os alunos aprendam mais e  usando bastante a sua criatividade.

Sabendo de tantos benefícios, Professora Magda Silva, diretora do Programa de Língua Portuguesa na Duke University, há muitos anos dá a oportunidade para seus alunos criarem um filme sobre algum aspecto da cultura de um país de língua portuguesa. Os alunos gostam muito da experiência e se sentem orgulhosos ao ver seus vídeos sendo assistidos por outras pessoas. (Eu também, quando trabalhei lá, fiz isso com meus alunos, tendo resultados muito positivos).

Hoje mesmo, a aluna Jabria Lucille, da Professora Magda postou o link para seu filme no Facebook:

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Fiquei muito feliz ao ver o filme tão bem feito pelos alunos. Gostei muito das falas e dos efeitos especiais. Dá para ver o quanto eles se empenharam para fazer o filme muito bem feito. O filme fala da Copa do Mundo e de uma tentativa de traição.

O filme pode ser visto aqui: http://www.youtube.com/watch?v=-FBP_8kvt9E . Após ver o vídeo, convido a todos para deixarem comentários sobre a produção dos alunos. Afinal de contas, o filme foi feito para todos nós.

Você também dá a oportunidade de os seus alunos fazerem filmes também?

Até breve!



Thursday, April 18, 2013

Ideia maravilhosa da professora Ayat Tawel: projeto usando fotografias e o ensino do alfabeto

O grupo de professores chamado Webheads tem ajudado muitos professores pelo mundo a tornar suas aulas muito mais interessantes, interativas, significativas e atuais. Trocamos ideias, nos ajudamos em variados tipos de projetos e compartilhamos experiências usando o Yahoogroup abaixo:

  

Ontem gostei muito quando Ayat Tawel compartilhou no seu blog um projeto lindo (feito com ideia sugerida em um Webinar da Carla Arena) que fez com seus alunos. Eles aprenderam o alfabeto, e em seguida, em grupos, saíram tirando fotos pela escola de objetos que iniciam com todas as letras. Depois de terem se divertido muito tirando as fotos, eles voltaram para sua sala e criaram histórias incluindo os objetos fotografados.


Você pode ler mais sobre esse projeto, ver um vídeo dos alunos dela fazendo o trabalho e ainda deixar um comentário para ela aqui: http://ayat-pdiary.blogspot.com.br/2013/04/the-alphabet-photographing-game.html

Não preciso dizer que os alunos dela amaram fazer esse projeto, não é? Já quero fazer isso com meus alunos também.

Se você se interessou em participar dos Webheads, basta enviar uma solicitação para entrar no yahoogroup escrevendo um pouco sobre seu trabalho e os motivos que lhe levam a se interessar em participar. Aposto que você vai gostar muito!

Você aprende com outros professores também?

Até breve!







Wednesday, April 17, 2013

Muito orgulhosa dos meus alunos. Hoje, em especial, estou orgulhosíssima do trabalho da Allana Lima

Aprendi que a maior felicidade de um professor acontece quando seus alunos se tornam melhores que seus professores. Não só aprendi isso, como sempre falo para meus alunos que eu desejo que eles sejam melhores do que eu. Quando vejo que eles estão brilhando pelo mundo afora, fico emocionada e muito orgulhosa deles.

Hoje compartilho com vocês o sucesso de minha aluna de Letras - inglês Allana Lima. Ela foi minha aluna na disciplina Tecnologias no ensino de línguas durante os meses novembro de 2012 a abril de 2013.  Nessa disciplina, aprendemos a usar várias ferramentas para promover a interação entre nossos alunos e estrangeiros, aprendemos a elaborar projetos de ensino usando tecnologias e tivemos a chance de aprender mais sobre a área em conferências por Skype com as professoras Carla Arena (Brasil), Ayat Tawel (Egito) e Maria Bossa (Argentina).

Para minha alegria, como alguns alunos já são professores em vários cursos de línguas, vários deles já começaram a usar ideias aprendidas nessa disciplina com seus próprios alunos. Alguns deles compartilharam comigo essas experiências e os resultados obtidos também.

Lembro que a Allana usava as ferramentas e compartilhava tudo no Facebook. Eu sempre ficava muito feliz e orgulhosa dela. Nada melhor do que ver o resultado da aprendizagem sendo imediatamente sendo usado para ajudar mais e mais alunos a aprenderem melhor e com atividades significativas. Vocês podem vê-la compartilhando suas experiências nas fotos abaixo:

  Alunos da Allana falando com uma estrangeira pelo Skype


                                      

Alunos dela preparando Voice Threads sobre seus bairros

Como seu trabalho ganhou excelente repercussão na escola de línguas onde ela trabalha, ela foi logo convidada pela direção para dar um treinamento sobre o uso de tecnologias no ensino de línguas na unidade da escola em Manaus! Ela ficou muito surpresa e feliz com o convite.

Ela planejou sua apresentação e fiquei orgulhosa ao ver o resultado do trabalho dela sendo reconhecido. Para que ela pudesse ilustrar o uso do Skype em aulas, ela me convidou para compartilhar um pouco do meu trabalho com os professores de Manaus. Foi tudo muito enriquecedor e divertido. Vocês podem ver as fotos da apresentação de hoje dela aqui:

Allana sendo apresentada pela coordenação da escola
                                                                               



Ensinando como encontrar professores parceiros para projetos no site http://www.epals.com/

Tenho certeza que ela contribuiu muito para que os professores de Manaus possam deixar suas aulas mais interativas e significativas. Também fiquei muito feliz ao ver meu ex-aluno Marcos Braga fazendo sucesso lá e apresentando sobre o tema de uso de tecnologias também!

Desejo que todos os meus alunos tenham muito sucesso e sejam felizes, espalhando sementinhas de amor através de suas aulas de línguas.

Você tem orgulho de seus alunos também?

Até breve!

Tuesday, April 16, 2013

Mudando minha forma de trabalhar com línguas estrangeiras

Uma coisa que sempre me incomodou é o fato de os alunos irem para as aulas e ficarem sentados ouvindo os professores. Além de ouvir, eles repetem, fazem exercícios, leem e marcam respostas no livro. Espera-se que façam os exercícios dos livros de exercício e pronto, parece que estão aprendendo a língua.

Só parece mesmo, mas muitas vezes eles não estão realmente aprendendo. Eles até podem tirar boas notas nas provas, mas isso também não é garantia de aprendizagem. Quando os alunos precisam usar a língua estrangeira fora de sala de aula, infelizmente muitas vezes não conseguem.

O que podemos fazer então para que nossos alunos aprendam a língua eficazmente?

Vejamos algumas sugestões:

- É importante que o aluno saiba que ele é o maior responsável por sua própria aprendizagem. O professor tem que deixar claro que o aluno deve ter contato com a língua diariamente através de diversos tipos de textos orais e escritos (músicas, vídeos, artigos de revistas, blogs, podcasts, jornais, bate-papo, etc) com assuntos de sua preferência. Devemos alertá-lo dizendo que ele não vai aprender o idioma apenas durante as aulas.

- Se as aulas são expositivas com explicações de todas as formas, os alunos não precisam fazer muito esforço mental para entender e aprender. Que tal mudar isso fazendo algumas perguntas como sugere o Prensky (2010) e ajudar o aluno a encontrar as respostas usando diferentes fontes? Eles podem usar livros, dicionários, celulares com internet, tablets, laptops, computadores, além de perguntar para seus colegas e professores?

Compartilho com vocês o que fiz hoje nas minhas aulas do 2o nível de inglês dos Cursos Livres.

Ao invés de eu ir para o quadro e ensinar o conteúdo como normalmente eu fazia - e os alunos só ficavam me olhando e às vezes deviam estar pensando em outras coisas enquanto eu explicava - resolvi fazer diferente, seguindo as sugestões que estou lendo no livro Teaching Digital Natives do Marc Prensky. Meus alunos tinham que descobrir como podemos concordar em inglês e a falar mais sobre os bairros deles. Eu lhes disse que poderiam trabalhar em duplas, trios, sozinhos, e que poderiam usar o próprio livro, os celulares, tablets e o computador ligado à internet que fica na mesa do professor.

Enquanto eles estavam estudando e aprendendo, eu e meus monitores Sidney para a turma das 8 da manhã e Jouberth para a turma das 9:20 ficamos circulando na sala e ajudando quando éramos solicitados. Ficamos muito felizes ao ver todos os alunos trabalhando, estudando, compartilhando, pesquisando, conversando, usando celulares e o computador da sala para aprender! Até comentei com Sidney e Jouberth que todos os alunos estavam fazendo bastante esforço mental para aprender!

Depois de terem descoberto como concordar em inglês, eles tinham que aprender a ler anúncios de jornal. Para tanto, a mesma forma de estudar e aprender supracitada foi usada. Eu gostei muito dos resultados porque ao invés de eu estar no centro das atenções, eu e os monitores estávamos ao lado dos alunos, os ajudando sempre que éramos solicitados.

Como dever de casa, para que eles tivessem a chance de ler mais anúncios, coloquei um site de anúncios no grupo dos meus alunos no Facebook. Esse site chamado Craigslist é muito usado nos Estados Unidos e contém diversos tipos de anúncios.


Vocês podem ver exemplos de todos os tipos de anúncios aqui nesse site que é muito usado pelas pessoas que moram na cidade onde morei nos EUA: http://raleigh.craigslist.org/
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Aos poucos vou mudando a forma de trabalhar com meus alunos porque acredito que quanto mais esforço mental eles fazem para estudar e aprender, mas eles vão aprender. O que Prensky está me ensinando sobre os papéis de professores e alunos está me ajudando a refletir sobre minha prática docente para que meus alunos aprendam mais e melhor.

Você também dá oportunidades de seus alunos aprenderem assim também?

Até breve!