Friday, May 31, 2013

Celulares e tablets são aliados em aulas no século XXI

Quando os livros começaram a se popularizar há alguns séculos, muitos professores temeram por seus empregos. Afinal de contas, eram eles que detinham o conhecimento a ser ensinado... Se os livros estivessem disponíveis a todas as pessoas, o que seria deles? A gente até ri de um comentário desses, mas isso foi real!

Parece que o mesmo está acontecendo com os celulares e tablets hoje em dia. Observo tantas escolas e até mesmo municípios proibindo o seu uso em sala de aula! O que os professores, coordenadores e diretores precisam se conscientizar é que o mundo mudou. Não é mais possível continuar com o mesmo estilo de aula na qual o professor fala a maior parte do tempo e os alunos apenas escutam (será que eles realmente escutam tudo?). Precisamos nos adaptar a novos tempos, novos recursos, novas formas de pensar e muito mais.

Para tanto, eu incentivo muito que meus alunos usem seus celulares, tablets ou o computador da sala de aula para aprender nas aulas. Fico encantada ao vê-los todos pesquisando, conversvando e compartilhando conhecimento. Isso é muito enriquecedor!

Um dia desses, minha aluna Ana Karoline me mostrou no seu celular vários aplicativos para aprender inglês: as formas dos verbos irregulares, pronúncia e joguinhos. Há muita coisa disponível para que as pessoas aprendam línguas estrangeiras sem precisar carregar o peso de tantos livros. Com isso, já percebi que quem tem um smartphone não precisa mais comprar um dicionário escolar bilíngue porque há aplicativos que comprem essa função. Um peso a menos para ser carregado pelos alunos, menos papel e menos custo também.

Além disso, o uso desses equipamentos torna as aulas mais dinâmicas porque ao invés de o professor dar o conhecimento, ele instiga seus alunos a pesquisar o que precisam aprender. Essa prática é muito mais eficiente para os alunos porque eles se tornam ativos no seu processo de aprendizagem. Essa habilidade é extremamente importante porque eles não terão professores à disposição para sempre e precisam a aprender a ser autônomos na sua aprendizagem no futuro, já que o mundo estpa mudando sempre e cada vez mais rápido.

Compartilho com você algumas fotos dos meus alunos usando esses equipamentos nas minhas aulas:









Espero que aos poucos os professores comecem a se adaptar a nova realidade e passem a permitir que os alunos usem celulares e tablets para aprender. Basta que os professores transformem suas aulas expositivas em aulas de pesquisa.

Você pede que seus alunos usem esses equipamentos em suas aulas também?

Até breve!




Monday, May 27, 2013

Mais ações de aprendizagem e menos aulas expositivas

Mudar a forma de ensinar requer coragem e vontade porque não é nada fácil deixar de fazer algo que já se faz há tanto tempo para arriscar novidades. Mas como amo mudanças e não tenho medo de errar (já que faz parte da aprendizagem), tenho experimentado diferentes maneiras de trabalhar o ensino e a aprendizagem.

Nas minhas aulas de Teatro Anglófono que estou lecionando pela primeira vez (socorro!), tenho experimentado trabalhar com aulas nas quais os alunos e eu pesquisamos, planejamos e criamos o que queremos aprender. O conteúdo programático foi decidido em grupo e estamos montando a disciplina juntos. É fácil? Não, não é mesmo. Compartilhar o poder com meus alunos é um desafio, mas fiquei disposta a encarar essa aventura de aprendizagem. Até então, observo que ainda não estamos muito acostumados com isso. Mas acredito que é assim mesmo porque tudo que é novo causa um estranhamento inicial. Pelo menos eu acho....

Essas mudanças no meu modo de trabalhar advém da aprendizagem com várias pessoas: Paulo Freire, Marc Presnky, Tião Rocha, Bunker Roy, bell hooks (com letra minúscula mesmo, a pedidos dela), Ken Robinson e muitos outros. Eles têm me influenciado muito e têm me feito refletir muito sobre a minha profissão de professora.

Hoje, por exemplo, fiquei imensamente surpresa com um show de interpretação da minha aluna Suzany Almeida. Uma das coisas que decidimos é que os alunos se responsabilizariam pelo aquecimento que acontece no início das nossas aulas. Essa atividade consiste em pequenas peças encenadas pelos alunos para a turma. A Suzany, mesmo sem gostar muito de atuar e de ser atriz, me impressionou! Ela pesquisou um texto de um monológo na internet, fez adaptações e deu um show hoje! Acredito que todos os alunos gostaram da apresentação dela! Ou seja, não podemos rotular os alunos nunca . Eles sempre nos surpreendem!


Depois da apresentação dela, partimos para o assunto da aula de hoje que era aprender sobre a estrutura básica de uma peça. Alguns alunos já tinham pesquisado sobre isso antes e postado no nosso grupo no Facebook e outros pesquisaram hoje usando seus celulares, laptops e computador da sala durante 20 minutos.








Enquanto eles pesquisavam, eu caminhei pela sala para interagir com os alunos e para saber mais deles. É muito interessante que esse tipo de aula aproxima mais os alunos e professores. Acho muito legal também vê-los envolvidos procurando, pesquisando e compartilhando informações com seus colegas.

Depois disso, conversamos sobre o que encontraram e planejamos sobre a nossa peça que será o projeto dessa disciplina. Você terá mais detalhes sobre ela daqui a alguns meses. Aguarde!

No fim da aula, senti uma mistura de satisfação e preocupação. Sempre fico pensando no que os alunos estão pensando... Será que estão entendendo onde quero chegar? Será que entendem que o papel do professor é aquele de mostrar os caminhos e auxiliar na aprendizagem? Bem, o tempo dirá. Espero que essas ações de aprendizagem tragam resultados melhores do que as passivas e intermináveis aulas expositivas.

Você arrisca assim nas suas aulas também?

Até breve!

Saturday, May 25, 2013

Aprendendo a mochilar pelo Leste Europeu com nossa ETA Hilary Pollan

Viajar para o exterior é coisa para gente rica. Sempre ouço essa sentença quando falo para meus alunos viajarem para fora do Brasil. No entanto, com informações, planejamento e vontade, é possível sim viajar para diversos países e aprender muito sobre língua, cultura e muito mais.

Como ainda estamos no tema sobre o Mundo em nossas aulas de língua inglesa no curso de Letras, nada melhor do que aprender sobre viagem com nossa ETA (English Teaching Assistant) Hilary Pollan. Ela conhece vários países e ficou feliz em poder compartilhar suas aventuras com a nossa turma.

Ela começou sua apresentação dividindo a turma em pares ou trios e pediu que cada dupla ou grupo elaborasse uma pergunta geral e outra específica sobre a viagem dela. Os temas foram: alimentação, acomodação, transporte e cultura.

Para ilustrar sua apresentação, ela usou o site Prezi que permite umas animações diferentes das que normalmente encontramos no Power Point. Ela colocou um mapa do leste europeu com algumas fotos suas nas cidades que visitou e traçou a rota que fez entre as cidades. Essa ferramenta foi muito interessante porque deixou a apresentação mais dinâmica e interativa.

Ela compartilhou conosco suas visitas e passeios, os albergues em que se hospedou, a fazenda onde trabalhou como voluntária, fotos de lugares lindos, as festas e shows, praias, montanhas, viagens de trem e muito mais. Percebi que meus alunos ficaram maravilhados ao descobrir que é possível viajar sem ter tanto dinheiro. Eles aprenderam que se hospedar em albergues (ela até nos mostrou o melhor albergue do mundo!) é muito divertido e econômico.

Depois de sua apresentação, cada dupla ou trio fez as suas perguntas. Eu fiquei imensamente feliz e orgulhosa com a qualidade das perguntas deles!

Pude perceber e aprender que os alunos se interessam muito por fatos reais. Vi que eles gostaram muito de aprender sobre o mundo dessa maneira. Senti também que eles aprenderam que eles também podem se planejar para viajar para onde quiserem porque agora eles já têm as informações necessárias.

Compartilho com você algumas fotos da apresentação de ontem.








Você convida pessoas para ilustrar suas aulas também?

Até breve!


Wednesday, May 22, 2013

Ajudando turistas com diferentes orçamentos a conhecer a nossa cidade

O tema na nova unidade para a turma de Letras - inglês é sobre o mundo, línguas, nacionalidades, pratos típicos e viagem. Como acredito que antes de falar de cidades pelo mundo devemos conhecer a nossa própria cidade, propus então que os alunos em grupos planejassem o que um turista poderia fazer, onde poderia se hospedar e onde comer em Belém. O toque de criatividade estava no fato de que cada grupo deveria elaborar esses planejamentos com orçamentos diferentes: 100, 1.000, 10.000 e 100.000 reais.

Foi muito interessante ver o engajamento dos alunos para tentar descobrir essas informações, como não estávamos no laboratório de computadores, muitos usaram celulares e tablets para acessarem a rede wi-fi da universidade para pesquisar. Também disponibilizei o computador que fica na mesa do professor.

Alguns alunos ficaram tão empolgados que até telefonaram para um albergue para saber o preço da diária! Achei isso fantástico!

Também gostei de ver a criatividade dos alunos que ficaram com o orçamento de 100 reais. Eles realmente encontraram soluções inteligentes para o turista com recursos limitados.

Depois de terem concluído suas pesquisas, os grupos apresentaram seus resultados para todos.

Você pode ver algumas fotos dessa aula:













Acho muito importante que os alunos tenham espaço nas aulas para conhecer nossa cidade para que saibam falar dela com keypals e estrangeiros e que possam aproveitar mais o que temos aqui.

Você solicita de seus alunos façam esse tipo de planejamento também?

Até breve!

Saturday, May 18, 2013

Mini-projeto de simulação de compras em um shopping center nos EUA

Para finalizar a unidade que tem "Compras" como tema, pensei que seria interessante que meus alunos de língua inglesa 2 conhecessem um pouco de algumas lojas de um shopping center nos Estados Unidos. Para que eles tivessem um objetivo para visitar os sites dessas lojas pensei em criar uma situação para que eles pudessem escolher o que e onde iriam comprar o que desejassem.

Disse que eles deveriam fazer de conta que tinham recebido uma bolsa de estudos para fazer um curso de verão na Duke University. Além disso, eles receberiam um cartão-presente de 10.000 dólares de um shopping center que fica em Durham, cidade onde fica a Duke. Os alunos deveriam visitar o site do shopping, verificar a lista de lojas, ler comentários sobre as lojas, entrar nos sites dessas lojas e escolher o que iriam comprar, onde e os motivos que os levariam a comprar nesses lugares.

Começamos a aula no laboratório de informática para que os alunos pudessem explorar esses sites e fazer suas escolhas. Depois disso, fomos para nossa sala de aula onde eles conversaram sobre suas escolhas em grupos.

O trabalho final seria postar no grupo da turma no Facebook o que comprariam, onde e os motivos que os levaram a escolher tais coisas.

Compartilho com você alguns momentos dessa aula e o que alguns alunos postaram no Facebook.














Como meu aluno Diego não gosta de fazer compras e preferiu não conversar sobre isso em grupos, ele me mostrou o texto que fez sobre uma simulação de ida a uma sessão de cinema no shopping que ele pesquisou. Para que ele aprendesse outras coisas sobre o tema, sugeri que ele desse uma olhada no livro didático para ver como esse tema é tratado lá. Achei interessante que ele foi direto para as páginas que dão sugestões para o professor. Aprendi com Marc Prenky que não é necessário que todos os alunos aprendem a mesma coisa ao mesmo tempo.


Abaixo você pode ver o que três alunas postaram sobre suas simulações de compras:




Acredito que os alunos aprenderam muito mais usando os sites das lojas nos EUA porque eles puderam ver as palavras e expressões que realmente são usadas por americanos. Por exemplo, minha aluna Thaianny aprendeu que se usa a palavra Wedges para dizer sandálias do tipo plataforma, vocábulo muito difícil de se encontrar em livros didáticos. Além disso, eles puderam ver os preços das coisas nos Estados Unidos e comparar com os preços exorbitantes aqui no Brasil.

Você também propõe que seus alunos visitem sites de lojas em outros países?

Até breve!

Wednesday, May 15, 2013

Vendendo e comprando em inglês - nosso English Bazaar

Já faz algum tempo que sempre que os alunos de Letras - inglês aprendem a comprar e vender nessa língua, sugiro o projeto de Bazar. Os alunos fazem de conta que são estrangeiros e só podem vender em inglês. Convidamos alunos, professores, amigos e colegas para experimentarem a compra de diversos produtos em língua inglesa e praticamos muito o que estamos aprendendo.

Os alunos decidem o que querem trazer para vender, estudam o que vão falar e ouvir no contexto de bazar, preparam a divulgação, selecionamos uma data e temos o nosso esperado bazar, que foi hoje.

Compartilho com você alguns momentos especiais do nosso English Bazaar 2013:

Preparação






Produtos à venda




                                     

                                      

                                      


Nossos clientes












Acredito que esse projeto é muito bom porque os alunos praticam a língua, se divertem e ainda ganham dinheiro! Nada melhor do que praticar a língua em projetos reais, não é?

Você também faz projeto de Bazar com seus alunos também?

Até breve!