Thursday, April 11, 2013

Aulas de línguas estrangeiras bem diferentes das tradicionais

Aulas de línguas tradicionais podem ser um pouco improdutivas porque elas podem ter que ter um mesmo padrão e podem forçar os professores a ensinar preocupados apenas com os conteúdos, sem se darem conta se os alunos realmente estão compreendendo e aprendendo de verdade.

O fato de eu ter que cumprir o conteúdo programático de cada nível do curso me deixa um pouco frustrada porque mesmo que haja algum aluno que não tenha compreendido algo, se espera que eu ensine 2 páginas por aula. No entanto, as pessoas são diferentes e têm ritmos de aprendizagem diferentes também.

Para minha alegria, gostei muito de ler que Prensky (2010) argumenta que nem todos os alunos têm que aprender a mesma coisa ao mesmo tempo. Já que ele disse isso, resolvi experimentar aulas bem diferentes das tradicionais com as minhas turmas dos cursos livres também.

Como o tópico da unidade que estamos estudando é sobre bairros, pensei que seria interessante que eles aprendessem muito sobre como falarem dos seus próprios bairros. O fato de eles só terem a oportunidade de falar sobre os lugares onde moram durante pouquíssimo tempo em uma aula tradicional, me fez refletir que precisávamos fazer algo novo. Ao ver a excelente ideia da minha aluna de Letras Allana (que também ensina nos cursos livres), que pediu que seus alunos fizessem um voice thread gravando sobre seus bairros, pensei em pedir o mesmo para os meus alunos também.

Primeiramente, assistimos a um Voice Thread de um aluno dela para que os alunos conhecessem o site e para ver se eles queriam gravar um desses também. Eles viram o trabalho de um ex-aluno meu do semestre passado e que agora é aluno da Allana: http://voicethread.com/#q.b4371547.i22289611

Meus alunos gostaram e toparam fazer um desses também. Eu lhes disse que esses trabalhos seriam expostos publicamente e que qualquer pessoa poderia fazer comentários sobre o que eles postassem. Isso fez com que eles se preocupassem mais em fazer algo com mais qualidade.

Logo lhes pedi como dever de casa que vissem o site que tinha colocado no grupo deles do Facebook e que tirassem fotos de lugares que frequentam nos seus bairros ou que pesquisassem imagens na internet.

Nas duas aulas seguintes, fomos ao laboratório de informática para que eles pudessem gravar seus voice threads com a minha colaboração, dos meus dois auxiliares Jouberth e Sidney, do Henrique (monitor do laboratório) e dos seus colegas de sala.

Acho que os resultados dessas aulas foram muito positivos porque o foco era na aprendizagem deles ao invés de apenas fazer as tarefas do livro. Vi que eles se empenharam muito, gravaram várias vezes até que ficassem satisfeitos com suas falas e olha que eles apenas estão no 2o nível do curso! Imagina quando eles estiverem terminando! Estarão ainda melhores!

Também gostei do fato de os computadores de um lado da sala não estarem funcionando no horário de uma das turmas por causa de um problema elétrico (que foi resolvido na turma seguinte). Enquanto uns alunos faziam suas gravações, outros ficaram estudando usando o livro e outros ficaram editando os textos que iriam ler na gravação. Achei legal ter uma sala que permitisse várias formas de interação para a aprendizagem como Prensky tanto descreve no seu livro Teaching Digital Natives.

Veja nas fotos abaixo alguns momentos das aulas das minhas duas turmas de hoje.




















Eu gostei muito das aulas dessa semana e acho que os alunos gostaram também. Aliás, eu me surpreendi com os trabalhos deles! Eles produziram muito mais do que eu esperava! Fiquei muito feliz!

Você pode ver o voice thread que fiz para que os alunos gravassem todos com os links para suas próprias gravações nos balõezinhos aqui: https://voicethread.com/#u3594583.b4408070.i22457996 Meus alunos ficarão felizes se vocês deixarem comentários nas gravações deles. :-)

Você faz voice threads com seus alunos também?

Até breve!

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