Tenho me questionado se a educação tem que ser do jeito que normalmente é: chata, desinteressante, repetidora, empapelante* e encaixotante*. Os alunos não aprendem assim!
Isso tem acontecido porque tenho visto alguns alunos reclamando de terem que vir para a universidade.
Isso dói na minha alma e rasga meu coração.
Notar que há alguém insatisfeito na minha sala me incomoda profundamente.
Eu sofro com isso.
Alguns professores me falam que é assim mesmo, que não dá para agradar a gregos e troianos.
Mas como eu vou fechar meus olhos para aqueles que não gostam de estar ali comigo?
Como se consegue fazer isso?
Eu não gosto que meu trabalho seja motivo de raiva de ninguém.
Eu quero dar amor, carinho, atenção e alegria.
Aprender é amar, é gozar, é descobrir, é saborear o novo.
Aprender é alegria
Aprender é sorrir
Aquele aluno que faz cara de insatisfeito me intriga
Me faz pensar
Me faz refletir
O que posso eu fazer para deixá-lo feliz?
O que fazer para confortá-lo?
O que fazer para que ele possa curtir o momento de estar na universidade?
Como posso contribuir para que ele seja feliz?
O mundo está mudando e eu quero mudar também.
Quero mudar as minhas aulas e a minha forma de educar.
Tenho algumas semanas antes de começar o novo período letivo para desaprender, aprender e reaprender para ajudar meus alunos a indagarem, a se espantarem e a perguntarem como acabei de aprender no documentário do Rubem Alves: http://www.youtube.com/watch?v=MUl2QU_z3mI
Quero que meus alunos se espantem e indaguem: Mas como?
Mas como posso ser uma educadora? Mas como posso ajudar meus alunos?
Quero aprender a fazer com que minha educação seja como um pássaro que voe nos céus da alegria e da paz.
Foto: Eduardo Costa
Até breve!
*Empapelante: que enche os alunos e professores de papel com textos mortos (fichamentos, resumos, resenhas e artigos obrigatórios)
*Encaixotante: que enfia os cérebros das pessoas em caixas e prisões
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